부산대학교 도서관

Resumo: Neste artigo, as autoras se valem da noção de entre-lugares, conforme abordado por Anzaldua (Borderlands/La Frontera: The New Mestiza. Aunt Lute Books, 1987), para discutir a pesquisa em ciências sociais como um processo de rememoração, na perspectiva de Cynthia Dillard (Learning to r(e)member the things we've learned to forget: Endarkened feminisms, spirituality, and the sacred nature of research and teaching. Peter Lang Publishing, 2012). As autoras rememoram suas experiências em uma colaboração de ensino-pesquisa internacional entre três regiões: duas nos Estados Unidos e uma no Brasil. Elas problematizam a visão da pesquisa ocidental, nas ciências sociais, como um sistema de conhecimento que delimita fronteiras artificiais e relega epistemologias que se afastam do centro de suas discussões a espaços marginalizados, limitando o que pode vir a ser objeto do conhecimento e de pesquisas. Diante disso, as autoras propõem o desenvolvimento de percursos plurais, no que diz respeito a conhecer e ser, a partir de entre-lugares epistemológicos que permitam outras percepções, ou Nepantla, nas ciências sociais. Ao compartilhar acontecimentos ocorridos durante o percurso colaborativo, as autoras lançam luzes sobre como as fronteiras são vigiadas e policiadas, além de quando e porque pesquisadores na área das ciências sociais, em geral, poderiam permitir se lançar em uma queda livre epistemológica em direção ao desconhecido e, finalmente, sobre de que maneira é possível vivenciar a pesquisa social como uma potencial rota de fuga ou percurso em direção a uma mais ampla, fluida e, ao mesmo tempo, porosa forma de conhecer e pesquisar nessa área de conhecimento.