학술논문
Impacto da Curva de Aprendizado na Seleção de Pacientes e nos Resultados Clínicos do Implante por Cateter de Prótese Aórtica
Document Type
article
Author
Siqueira, Dimytri A.; Abizaid, Alexandre A.C.; Ramos, Auristela A.; Jeronimo, Andreia D.; LeBihan, David; Barreto, Rodrigo B.; Pinto, Ibraim M.; Senra, Tiago; Cano, Manuel N.; Moreira, Adriana C.; Kambara, Antonio M.; Arrais, Magaly; Assef, Jorge E.; Souza, Luiz Carlos B.; Sousa, Amanda G.M.R.; Sousa, J. Eduardo M.R.
Source
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva. September 2014 22(3)
Subject
Language
Portuguese
ISSN
2179-8397
Abstract
Introdução: O implante por cateter de prótese aórtica (TAVI, do inglês transcatheter aortic valve implantation) constitui tratamento alternativo para pacientes com estenose aórtica de alto risco cirúrgico ou inoperáveis. Para adquirir competência, o grupo multidisciplinar deve receber treinamento específico e acumular experiência na execução do TAVI. Contudo, sua curva de aprendizado não está bem estabelecida. Nosso objetivo foi analisar o impacto da curva de aprendizado na seleção de pacientes, nos aspectos técnicos e nos resultados clínicos do TAVI. Métodos: Estudo observacional e prospectivo dos primeiros 150 pacientes submetidos a TAVI por via femoral, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2013 divididos em tercis (n = 50) de acordo com a data do procedimento. Os desfechos foram definidos conforme os critérios Valve Academic Research Consortium-2 (VARC-2). Resultados: A idade foi de 82,5 ± 6,7 anos, sendo 44% homens e 75% em classe NYHA III/IV. O EuroSCORE (24,2 ± 13% vs. 21,2 ± 10,8% vs. 23,4 ± 14,3%) e o STS Score (5,9 ± 2,9% vs. 6,7 ± 4,3% vs. 5,8 ± 3,1%) foram similares entre os grupos. Observou-se redução gradativa nos tempos do procedimento (107,2 ± 48,1 minutos vs. 90,3 ± 42,2 minutos vs. 76,6 ± 37,7 minutos; p < 0,01) e de fluoroscopia (31,3 ± 9,6 minutos vs. 25,4 ± 8,7 minutos vs. 17,2 ± 6,2 minutos; p = 0,01), e no volume de contraste (145,5 ± 70,9 mL vs. 123,2 ± 87,8 mL vs. 101,1 ± 50 mL; p = 0,01). A mortalidade reduziu-se de forma progressiva (20% vs. 10% vs. 4%; p = 0,047), e menores taxas de sangramentos e de refluxo paraprotético de grau moderado/grave foram observadas no terceiro tercil (14% e 4%, respectivamente). Não ocorreram casos de reintervenção, acidente vascular cerebral e nem outros eventos clínicos entre a alta hospitalar e o 30º dia pós-implante. Conclusões: A competência para o TAVI aumentou progressivamente com o número de pacientes tratados, associando-se a melhores desfechos clínicos.