학술논문

Preditores de doença arterial coronária em sobreviventes à parada cardíaca: angiografia coronária para todos? Uma análise retrospectiva em centro único
Document Type
article
Source
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. April 2021 33(2)
Subject
Parada cardíaca
Doença da artéria coronária
Angiografia coronária
Intervenção coronária percutânea
Sobrevida
Language
Portuguese
ISSN
0103-507X
Abstract
Objetivo: Identificar os preditores de doença arterial coronária em sobreviventes à parada cardíaca, visando definir o melhor momento para realização de angiografia coronária e estabelecer o relacionamento entre doença arterial coronária e mortalidade. Métodos: Este foi um estudo retrospectivo em centro único, que incluiu os pacientes consecutivamente submetidos à angiografia coronária após uma parada cardíaca. Resultados: Incluímos 117 pacientes (63 ± 13 anos, 77% homens). A maioria dos incidentes de parada cardíaca ocorreu com ritmos chocáveis (70,1%), e o tempo mediano até retorno da circulação espontânea foi de 10 minutos. Identificou-se doença arterial coronária em 68,4% dos pacientes, dentre os quais 75% foram submetidos à intervenção coronária percutânea. Elevação do segmento ST (RC de 6,5; IC95% 2,2 - 19,6; p = 0,001), presença de alterações da contratilidade segmentar (RC de 22,0; IC95% 5,7 - 84,6; p < 0,001), fração de ejeção ventricular esquerda ≤ 40% (RC de 6,2; IC95% 1,8 - 21,8; p = 0,005) e níveis elevados de troponina T de alta sensibilidade (RC de 3,04; IC95% 1,3 - 6,9; p = 0,008) foram preditores de doença arterial coronária; esse último teve baixa precisão (área sob a curva de 0,64; p = 0,004), tendo o nível de 170ng/L como ponto ideal de corte. Apenas elevação do segmento ST e presença de alterações da contratilidade segmentar foram preditores independentes de doença arterial coronária. A duração da parada cardíaca (RC de 1,015; IC95% 1,0 - 1,05; p = 0,048) foi um preditor independente de óbito, e ritmo chocável (RC de 0,4; IC95% 0,4 - 0,9; p = 0,031) foi um preditor independente de sobrevivência. A presença de doença arterial coronária e a realização de intervenção coronária percutânea não tiveram impacto na sobrevivência; não foi possível estabelecer o melhor ponto de corte para o momento da angiografia coronária. Conclusão: Em pacientes com parada cardíaca, elevação do segmento ST, alterações da contratilidade segmentar, disfunção ventricular esquerda e níveis elevados de troponina T de alta sensibilidade foram preditivos de doença arterial coronária. Nem doença arterial coronária nem a intervenção coronária percutânea tiveram impacto significante na sobrevivência.