학술논문

Modos de morrer na UTI pediátrica de um hospital terciário
Document Type
article
Source
Revista da Associação Médica Brasileira. December 2001 47(4)
Subject
Cuidados intensivos pediátricos
Modos de morrer
Limites terapêuticos
Ética
Language
Portuguese
ISSN
0104-4230
Abstract
OBJETIVO: Determinar a prevalência dos diferentes modos de morrer e identificar limites terapêuticos em pacientes de uma Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica (UTIP) de hospital universitário. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, baseado na revisão de prontuários dos pacientes que morreram na UTIP do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de 1º julho de 1996 a 30 junho de 1997. Para modo de morrer, adotou-se critérios de: não resposta às medidas de ressuscitação cardiorrespiratória (NRRST), morte cerebral (MC), retirada/não-adoção de medidas de suporte de vida (R/NASV) e decisão de não reanimar (DNR). Para causa de morte, adotou-se critério de falências de órgãos. RESULTADOS: Dos 61 óbitos ocorridos no período, entraram no estudo 44 pacientes, cuja mediana de idade foi 28 meses. Todos tiveram como causa de morte a falência de múltiplos órgãos. Vinte e seis pacientes (59%) eram do grupo I (NRRST e MC), enquanto 18 (41%) do grupo II (R/NASV e DNR). No grupo II, 83% dos pacientes tinham doença crônica e/ou debilitante (p = 0,017; chi²). Os motivos de admissão mais prevalentes foram necessidade de terapias de suporte (55%), ventilatória e cardiocirculatória, sem diferença estatística entre os grupos. A mediana do tempo de permanência na UTI foi de 5 dias, e no hospital, de 11 dias, sem significância estatística entre os dois grupos. CONCLUSÕES: Observou-se alta prevalência de modos de morrer R/NASV e DNR nos pacientes de UTIP avaliados, sugerindo condutas de limitação terapêutica para eles. Não se conseguiu avaliar o nível de participação da equipe e da família nesse processo de tomada de decisões.