학술논문

Reposicionamento do músculo papilar: a técnica padrão para plastia do prolapso da cúspide anterior da mitral
Document Type
article
Source
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery. December 2005 20(4)
Subject
Prolapso das valvas cardíacas
Insuficiência da valva mitral/cirurgia
Valva mitral/cirurgia
Language
Portuguese
ISSN
0102-7638
Abstract
OBJETIVO: O propósito deste estudo é demonstrar que o reposicionamento do músculo papilar é uma técnica confiável para o reparo do prolapso da cúspide anterior, portanto, nós descrevemos esta técnica e seus resultados propondo-a como padrão. MÉTODO: Entre 1989 e 2005, 120 plastias da valva mitral foram consecutivamente realizadas por meio do reposicionamento do músculo papilar no prolapso da cúspide anterior. Oitenta e sete pacientes eram do sexo masculino e 33 do feminino, sendo, a média de idade de 59 ± 11,5 anos. Cinqüenta e nove por cento dos pacientes estavam em classe funcional (NYHA) III ou IV, a média da fração de ejeção foi 65,7 ± 8,9%. A etiologia predominante na regurgitação da valva mitral (RM) foi doença degenerativa: Barlow (n=43) e distrofia (n=62). As outras etiologias eram: endocardite cicatrizada (n=5), reumática (n=5), isquêmica (n=4), congênita (n=1). O reposicionamento do músculo papilar posterior foi realizado em 111 (92,5%) casos e do anterior em 38 (31,7%). Procedimentos associados foram realizados em 76 (63,3%) pacientes. RESULTADOS: Não houve óbito hospitalar. Durante o acompanhamento, 14 (11,7%) pacientes foram a óbito, incluindo sete (5,8%) por causas cardíacas. As taxas da curva de sobrevida acumulada em 1, 5, 10 e 15 anos foram 98,3%, 97,2%, 94,1% e 81,4%, respectivamente. Dois (1,7%) pacientes foram reoperados por regurgitação recorrente, eles foram submetidos à troca da valva 1 e 5 anos depois do reparo e morreram 3 e 6 anos após esta troca valvar. Não houve movimento anterior sistólico. As taxas de sobrevida acumulada livre de reoperação envolvendo a valva mitral em 1, 5, 10, e 15 anos foram 97,4%, 97,4%, 92,8% e 86,7%, respectivamente. Nós não achamos nenhum fator de risco de mortalidade e de reoperação. O acompanhamento completo foi realizado em todos os pacientes. Após um tempo de acompanhamento mediano de 5,9 anos (de 0,1 a 15,6 anos), 87 (72,5%) pacientes estavam na classe I - NYHA, o controle ecocardiográfico mostrou nenhuma ou mínima regurgitação em 89 (74,2 %) pacientes, leve regurgitação em oito (6,7%) e moderada regurgitação em nove (7,5%). CONCLUSÃO: O reposicionamento do músculo papilar é uma técnica confiável e segura, com excelentes resultados clínicos e ecocardiográficos a longo prazo. Desta maneira, estamos propondo-a como padrão para o reparo da cúspide anterior prolapsada.