학술논문

O comércio internacional de peles silvestres na Amazônia brasileira no século XX
Document Type
article
Source
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas. August 2014 9(2)
Subject
Caça comercial
Aviamento
Uso da fauna
Recursos naturais
Amazônia
Language
Portuguese
ISSN
1981-8122
Abstract
Durante o século XX, o comércio internacional de peles foi responsável pelo abate de milhões de mamíferos e répteis na Amazônia. Negociadas no regime de comércio fluvial e aviamento, as peles seguiam dos portos e seringais, localizados no interior, para as casas aviadoras e exportadoras de Manaus e Belém, de onde eram exportadas principalmente para os Estados Unidos, a Europa e o sul brasileiro. Neste artigo, analisamos documentos fiscais inéditos liberados pelo extinto império econômico do aviamento - a empresa J. G. Araujo -, bem como periódicos da Associação Comercial do Amazonas e os registros portuários da Manáos Harbour Ltd. O comércio internacional de peles silvestres intensificou-se imediatamente após a crise da borracha (1912) e atingiu seu auge entre 1935 e 1946, com o pico durante a Segunda Guerra Mundial. O segundo pico ocorreu na década de 1960, principal e ironicamente logo após a publicação da Lei de Proteção à Fauna (1967). Ao longo do período que antecedeu a aprovação da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES), em 1973-1975, não houve depreciação significativa no preço ou na demanda internacional por peles silvestres, sugerindo um esforço de caça constante e intenso por quase meio século.