학술논문

Esquemas Mal Adaptativos Precoces e Psicopatologia No Adulto – Revisão Transdiagnóstica E Utilidade Terapêutica
Document Type
article
Source
PsiLogos, Vol 16, Iss 1 (2020)
Subject
Esquemas mal adaptativos precoces
Psicopatologia
Psychiatry
RC435-571
Psychology
BF1-990
Language
English
Portuguese
ISSN
1646-091X
2182-3146
Abstract
Introdução: Os esquemas mal adaptativos precoces (EMP) são definidos como padrões cognitivos disfuncionais que emergem de experiências traumáticas e de necessidades básicas não satisfeitas durante a infância, consistindo em memórias, emoções, cognições e sensações físicas que influenciam o pensamento e o comportamento, de forma disfuncional, desempenhando um papel na psicopatologia. Objetivos: Os autores pretendem rever a relação entre esquemas mal adaptativos precoces e psicopatologia no adulto numa perspetiva transdiagnóstica, bem como a sua utilidade terapêutica. Métodos: Foi efetuada uma revisão não sistemática da literatura a partir da base de dados Pubmed/Medline com as palavras-chave “maladaptive schemas” e “psychopathology”, tendo sido escolhidos os artigos que relevassem para o objeto do estudo. Foram, de igual modo, procuradas referências bibliográficas adicionais que surgissem citadas nos artigos ou trabalhos obtidos. Resultados: Encontraram-se vários estudos que procuraram investigar a existência e a importância dos EMP em diversas patologias. Verificou-se que os EMP eram mais evidentes na maioria das patologias estudadas, quando comparadas com os controlos: psicose (de um modo geral), perturbações do humor, perturbação obsessivo-compulsiva, perturbações de ansiedade (exceto na perturbação de ansiedade generalizada) e perturbações do comportamento alimentar. Discussão e Conclusões: Os esquemas mal adaptativos precoces são relevantes em várias perturbações mentais, uma vez que se constituem como fatores de vulnerabilidade e de manutenção de psicopatologia. O seu (re)conhecimento poderá ser útil nas mais diversas perturbações mentais. Contudo, serão necessários estudos mais robustos que permitam a extrapolação de conclusões, mais consistentes, sobre o potencial benefício terapêutico da Terapia Focada nos Esquemas nas perturbações psiquiátricas, para reforçar a (ainda) limitada evidência atual.