부산대학교 도서관

Resumo: Nas florestas tropicais, cerca de 60 a 80% das espécies de plantas lenhosas dependem da interações planta‐animal para dispersão de suas sementes. Essa dependência torna a interação muito frágil face às mudanças antropogênicas no uso da terra. A interrupção dos processos de dispersão de sementes, principalmente a dispersão zoocórica, pode alterar significativamente o potencial de armazenamento de carbono a longo prazo das florestas tropicais.Uma questão importante é como a estrutura da paisagem altera os estoques de carbono das árvores em diferentes tipos de vegetação tropical e como a variação é mediada pelo modo de dispersão de sementes dispersas por animais (zoocóricas) ou abióticas (não zoocóricas).Nós nos concentramos em parcelas de árvores em 126 locais no Brasil, abrangendo quatro tipos de vegetação florestal e de savana, e calculamos o carbono armazenado em espécies zoocóricas, não zoocóricas e dispersas por grandes frugívoros.Nossos resultados mostraram que os estoques de carbono em espécies zoocóricas e não zoocóricas diferem significativamente entre os tipos de vegetação, com as florestas ombrófilas apresentando estoques mais elevados em espécies zoocóricas e as florestas decíduas tendo valores mais elevados em espécies não zoocóricas. Uma maior área de vegetação nativa promove maiores proporções de estoques de carbono dispersos por grandes espécies frugívoras, enquanto um índice médio de forma mais elevado reduz essa proporção.Síntese. Este estudo destaca que o tipo de dispersão de sementes sustenta a variação nos estoques de carbono entre os tipos de vegetação e que a manutenção do habitat de grandes dispersores e a conectividade são fundamentais para reter os estoques de carbono em espécies zoocóricas, particularmente na floresta ombrófila e no cerrado sensu stricto. [ABSTRACT FROM AUTHOR]